No último mês de abril, o Brasil alcançou um marco preocupante: mais de 70 milhões de pessoas estavam inadimplentes. Isso significa que quatro em cada dez brasileiros adultos (43,36%) estavam com o nome negativado, de acordo com levantamento da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em comparação com abril de 2024, o percentual de inadimplentes cresceu 4,59%.
As causas são muitas: juros altos, custo de vida elevado, uso excessivo do cartão de crédito (cujos juros estão entre os mais altos do mercado), despesas fixas crescentes, imprevistos de saúde, entre outros fatores. Mas, por trás de tudo isso, está um ponto que tem ganhado cada vez mais atenção: a educação financeira. Ter conhecimento sobre como lidar com o dinheiro é essencial tanto para evitar dívidas quanto para sair delas.
A boa notícia é que nunca é tarde para começar. Sair do vermelho leva tempo, mas é totalmente possível. Com paciência, disciplina e informação, o equilíbrio financeiro pode voltar a fazer parte da sua rotina. Entre as estratégias, estão: listar todas as dívidas e seus vencimentos, priorizar as que têm juros mais altos (como o cartão de crédito), negociar os valores devidos, avaliar cortes de gastos — mesmo que temporários — e traçar um plano de pagamento que caiba no seu bolso.
O cuidado com o dinheiro precisa estar presente no dia a dia de todos. Com o tempo, você aprenderá a controlar os gastos e fazer o caminho inverso: criar uma reserva para emergências e economizar para realizar sonhos futuros. Além disso, falar sobre dinheiro em casa — com o parceiro, com os filhos, com os pais — ajuda a construir uma relação mais saudável com as finanças. Quando todo mundo entende o impacto das escolhas financeiras, fica mais fácil planejar, consumir com consciência e evitar armadilhas que levam ao endividamento.