A portabilidade é uma opção para participantes dos planos de Contribuição Definida (CD) da RUMOS — como CD RUMOS, AGROPREV e DUPREV CD — que se desligam da patrocinadora após três anos ou mais de vínculo. Ela permite transferir 100% do saldo acumulado (participante, empresa e rendimentos) para outro plano de previdência, como o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), oferecido por bancos e seguradoras.
Essa decisão, no entanto, exige cautela: as diferenças estruturais entre entidades fechadas (sem fins lucrativos, como a RUMOS) e abertas (com fins lucrativos) podem afetar fortemente o resultado de longo prazo.
Alerta 1: Adeus à Liquidez e ao Resgate Futuro
Ao portar o saldo para um PGBL, o participante perde a liquidez sobre os recursos.
Nos planos RUMOS, é possível optar pelo resgate — abrindo mão das contribuições da patrocinadora, mas mantendo acesso às próprias. No PGBL, por imposição da legislação, o saldo transferido só poderá ser usado para contratar uma renda mensal com duração mínima de 15 anos, sem possibilidade de saque futuro.
Alerta 2: Custos Podem Ser Mais Elevados
A RUMOS cobra taxas de administração reduzidas, pois não tem fins lucrativos.
Já os PGBLs, administrados por seguradoras e bancos, visam lucro, o que se reflete em taxas mais altas.
Diferenças pequenas nas taxas podem reduzir significativamente o saldo final ao longo dos anos, comprometendo a rentabilidade real do benefício.
Alerta 3: Regras Rígidas de Recebimento de Renda
Planos abertos exigem que a renda dure no mínimo 15 anos, limitando a flexibilidade.
Nos planos CD da RUMOS, o participante pode escolher:
Embora o PGBL ofereça renda vitalícia, essa opção sai caro para o participante e, por outro lado, é possível simular rendas de longa duração nos planos RUMOS, mantendo autonomia e previsibilidade.
Alerta 4: Conflito de Interesses e Gestão Passiva
Nos PGBLs, assessores e gestores podem ser remunerados por comissões sobre movimentações de carteira, criando conflito de interesses.
Esse modelo pode incentivar trocas frequentes de fundos, mesmo sem benefício real ao investidor — e estudos mostram que isso tende a reduzir o retorno líquido.
A política da RUMOS prioriza gestão passiva, replicando índices de mercado como Ibovespa e S&P 500 — estratégia que, segundo evidências acadêmicas, costuma superar a gestão ativa no longo prazo.
Alerta 5: O Viés do Desempenho Passado
Em plataformas abertas, a multiplicidade de fundos pode levar o investidor a supervalorizar o desempenho recente.
Num universo com centenas de opções, sempre há algum fundo que foi bem nos últimos meses por mero acaso, e não por habilidade do gestor.
Combinado ao incentivo dos assessores para promover trocas, isso pode gerar decisões impulsivas e perdas de eficiência.
A RUMOS busca proteger seus participantes desses vieses, oferecendo gestão técnica, sem fins lucrativos e com foco no longo prazo.
Em síntese:
Antes de portar seu saldo, avalie não apenas custos e regras, mas também os incentivos, conflitos e vieses comportamentais envolvidos.
A escolha deve ser estratégica, alinhada ao horizonte de 20 a 30 anos, priorizando segurança, transparência e sustentabilidade financeira.