Uma boa fonte de informações para escolher o empréstimo ou financiamento mais adequado às suas necessidades é o site do Banco Central. Nele você encontra orientações gerais sobre as modalidades de crédito existentes para as pessoas físicas, além de um levantamento das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras para cada tipo de linha de crédito. Assim, você tem uma visão das condições oferecidas por todos os agentes do mercado e pode escolher as mais atraentes. Fique atento: além dos juros, as taxas de administração cobradas podem ser bastante significativas. Para fazer comparações entre as alternativas, é importante verificar o CET – Custo Efetivo Total, que inclui todos os encargos. A divulgação do CET pelas instituições financeiras é obrigatória.
As modalidades de empréstimo mais rápidas e descomplicadas são o cheque especial e o adiamento do pagamento da fatura do cartão de crédito. Nessas linhas de crédito, não há qualquer restrição ao uso a ser dado ao dinheiro tomado emprestado e, normalmente, as pessoas já contam com um limite pré-aprovado junto à instituição financeira, que pode ser utilizado instantaneamente, a qualquer momento. Toda essa conveniência, no entanto, tem um preço: as taxas de juros dessas modalidades são, normalmente, as mais altas entre todas as disponíveis. Assim, o seu uso deve ser limitado a emergências e por pouco tempo. Costuma ser melhor pagar esse tipo de empréstimo o quanto antes, mesmo que para isso seja necessário fazer outra dívida, com custos mais baixos.
O empréstimo pessoal é o segundo tipo de crédito mais rápido, conveniente e comum. Para conseguir dinheiro emprestado dessa forma, normalmente são exigidos apenas documentos de praxe, como RG, CPF e comprovantes de residência e renda. A aprovação pode demorar de algumas horas a alguns dias. Não há restrição ao uso do dinheiro disponibilizado. As taxas de juros do empréstimo pessoal, em média, costumam ser menores que as do cheque especial e do cartão de crédito, mas, ainda assim, pela ausência de garantias, relativamente altas. Assim, se possível, dê preferência às alternativas a seguir.
Outras modalidades disponíveis são o financiamento de bens e o empréstimo pessoal com garantia. Nesse tipo de linha crédito, você dá um bem livre, como um imóvel ou veículo, em garantia do pagamento da dívida. Enquanto você não paga a dívida o bem fica “gravado”, ou seja, não pode ser vendido. A instituição financeira pode também fazer outras exigências acerca desse bem (contratação de seguro, restrição ao tipo de uso etc.). Se a dívida não for paga no prazo, o bem pode ser tomado pelo credor como pagamento. Como a garantia diminui o risco para quem está emprestando o dinheiro, os juros desse tipo de empréstimo ou financiamento tendem a ser, em média, menores que o das opções anteriores. A aprovação do crédito, nesse caso, costuma demandar um pouco mais de tempo e trabalho, muitas vezes exigindo a inspeção do bem dado em garantia e procedimentos burocráticos para o “gravame” do bem em cartório.
Por fim, outro tipo de crédito bastante popular é o empréstimo pessoal consignado. Nele, o pagamento das parcelas é descontado diretamente da folha de pagamento de quem toma o dinheiro emprestado. RG, CPF, comprovantes de residência e de vinculação ao seu empregador são os documentos normalmente exigidos. A aprovação costuma levar de algumas horas a alguns dias. Esse tipo de empréstimo oferece um risco menor para quem está emprestando o dinheiro e, por isso, as taxas de juros cobradas por ele são, em média, mais baixas que as das alternativas anteriores. Se a empresa para a qual você trabalha tiver um acordo de empréstimo consignado com uma instituição financeira, as condições do empréstimo podem ser ainda mais vantajosas. Tomar empréstimos consignados para pagar dívidas mais caras costuma ser uma boa estratégia para reduzir os seus gastos com juros.
*Tabela: Adaptada de BACEN