Recentemente, falamos aqui em nosso portal sobre a importância dos pais orientarem seus filhos desde cedo sobre a vida financeira. Esse é um tema tão relevante, que a educação financeira infantil foi até incluída na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2020, pelo Ministério da Educação.
As crianças, como os adultos, sonham, fazem planos, desenvolvem o desejo de conquista, apreciam consumir e tudo isso está diretamente ligado ao poder financeiro. Por isso, quanto mais cedo for o contato com o mundo das finanças, melhor será a capacidade deles em lidar com o assunto de forma responsável quando forem adultos.
Entre muitos benefícios, a educação financeira ajuda a desenvolver o senso de responsabilidade e facilita a compreensão da importância do trabalho, porque as crianças passam a entender que dedicação e esforço podem ter boas recompensas.
Falar de dinheiro com as crianças, de maneira simples e clara pode, inclusive, fortalecer a relação entre pais e filhos, já que o tema cria um elo forte de cumplicidade e apoio. E com o auxílio da educação financeira na escola, a criança começa a desenvolver uma relação saudável com o dinheiro. Ao longo da vida, esse aprendizado será de extrema importância.
Separamos algumas dicas fundamentais: explicar às crianças que as coisas custam dinheiro é a primeira delas. Em seguida vem a expressão “dinheiro não nasce em árvore.” Explique qual é o seu trabalho e que ele é a fonte de renda que permite à sua família ter casa, carro e tudo o que os filhos precisam e desejam.
Desde cedo as crianças começam a entender que, na vida, tudo é questão de escolha. No caso do dinheiro também. Há coisas necessárias e outras que são supérfluas mas, com a contabilidade feita de maneira correta, podem ser adquiridas. Nesse caso, o cofrinho é muito útil e é uma excelente forma de aprender que poupar é um esforço que será recompensado.
Uma “mesada educativa” também é uma ferramenta interessante. Você pode começar quando os seus filhos tiverem por volta de 6 anos, dando uma quantia semanal equivalente a R$ 1,00 multiplicado pela idade da criança. Uma criança de 7 anos, por exemplo, recebe 1,00 x 7 = R$ 7,00 por semana. Em torno dos 12 anos, substitua por uma quantia mensal que satisfaça os hábitos da família e da criança.
Aproveite as viagens em família para dar às crianças uma quantia determinada, logo no início do passeio, e deixe que elas façam as suas escolhas na compra de lanches, souvenirs etc. dentro desse “orçamento”. Interfira pouco nas escolhas delas, para que aprendam com a própria experiência.
Inclua as crianças em algumas decisões financeiras da família. Elas sentirão o peso da responsabilidade, o que é fundamental. Também há vários livros e materiais didáticos para a educação financeira infantil. Até o famoso cartunista Ziraldo abordou o assunto de forma divertida em um livro. O importante é que, brincando, as crianças aprendam que dinheiro é coisa séria e de muita responsabilidade.