Internacional
O cenário global segue permeado por incertezas, com as tensões comerciais e geopolíticas exercendo influência sobre as perspectivas de crescimento e inflação. O mercado acompanha de perto os desdobramentos das políticas tarifárias, buscando sinais de escalada ou arrefecimento das tensões. A persistência de juros elevados e a incerteza em relação à trajetória da inflação nos principais mercados desenvolvidos também contribuem para a cautela.
No âmbito das políticas monetárias, as expectativas se concentram na postura dos bancos centrais frente aos desafios de equilibrar o controle da inflação com a sustentação da atividade econômica. O mercado monitora os sinais emitidos pelos dirigentes do Federal Reserve (FED) e do Banco Central Europeu (BCE), buscando antecipar os próximos passos em relação às taxas de juros e aos programas de compra de ativos.
Do lado fiscal, as discussões em torno dos orçamentos e das políticas de estímulo ganham relevância, especialmente nos Estados Unidos, onde o pacote fiscal em debate no Congresso pode ter um impacto significativo sobre o crescimento e a inflação. As negociações no Congresso americano apontam para uma expansão fiscal da ordem de 1,0% do PIB, principalmente devido a cortes de impostos para empresas e famílias, com impacto no último trimestre de 2025. A comunicação do FED indica projeções de inflação acima da meta, com dois cortes de juros de 25 bps esperados para setembro e outubro.
Brasil
A atividade econômica no Brasil segue aquecida, com a taxa de desemprego renovando mínimas históricas e atingindo 6,1% em maio, no dado com ajuste sazonal. Projeta-se um crescimento do PIB no segundo trimestre de 2025 de +0,4% na margem (dado com ajuste sazonal), com uma moderada desaceleração do setor agropecuário em comparação ao primeiro trimestre.
No campo político, os últimos acontecimentos não são muito favoráveis à relação entre o Governo e o Congresso. A derrubada do decreto do IOF por parte do Legislativo e a decisão do Executivo de levar a questão para a esfera judicial podem, entre outras consequências, dificultar as discussões orçamentárias para o governo, especialmente em 2026.
Por fim, na política monetária, a expectativa é que a Selic permaneça em 15% ao longo de 2025. Com base no modelo do Banco Central, nossas simulações indicam que haveria espaço para um corte de juros entre o primeiro e o segundo trimestre do ano que vem. No entanto, o modelo do BC tem subestimado a inflação e, portanto, ajustes podem adiar os cortes para a segunda metade do ano.
Classes de Ativo do Plano CD
Renda Fixa Curto Prazo: +1,09%
É esperado que a Classe Renda Fixa Curto Prazo tenha um desempenho próximo ao CDI, que por sua vez acompanha a Taxa Selic, que está em patamares bem elevados (15,00% a.a.), em função do cenário desafiador de inflação e a dificuldade de um ajuste fiscal crível. Dessa forma, o COPOM (Comitê de Política Monetária), tem subido os juros, mas se aproxima do final do ciclo de aperto monetário.
Em jun/2025, a Classe Renda Fixa Curto Prazo teve um retorno de +1,09% em linha com o benchmark (CDI), que subiu +1,10% no período. A diferença de desempenho em relação ao CDI no período, foi em razão dos custos do fundo.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +6,38% no ano, enquanto o benchmark obteve +6,41%. Em 12 meses, a carteira subiu +12,03% e o CDI subiu +12,13%.
Renda Fixa Juro Real: +1,58%
Em jun/2025, a Classe Renda Fixa Juro Real teve um retorno de +1,58%, ficando abaixo do benchmark (IMA-B 5+), que subiu +1,86% no período. A duration da Classe é de 8,01, abaixo do IMA-B 5+ com 9,63. A performance positiva é explicada pelo movimento de fechamento das taxas das NTN-Bs, principalmente por conta do encerramento do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +10,16% no ano, enquanto o benchmark subiu +10,74%. Em 36 meses, a carteira acumula +8,09% de retorno, acima do Ima-B 5+ com +6,56% de retorno acumulado.
Renda Fixa Global com Hedge: +1,25%
Em jun/2025, a Classe Renda Fixa Global com Hedge teve um retorno de +1,25%, ficando acima do benchmark (Bloomberg Global Aggregate USD) que subiu apenas +0,96% no período e em linha com o objetivo de retorno (CDI + 2% a.a.) que subiu +1,26%.
No mês, liquidou o resgate total do fundo Pimco Income e foram realizados os aportes nos novos fundos da estratégia: Man BRL* que subiu +1,63% e no Oaktree BRL que teve alta de +1,74%.
Falando de Oaktree, o Gestor destaca um crescimento gradual nas emissões de crédito após o congelamento provocado pelas incertezas relacionadas as políticas tarifárias. Pontuam ainda que, os títulos High Yield seguem oferecendo rendimentos elevados, com os spreads estabilizados após a forte abertura no início de abril. Em termos de alocação, foram adicionados, de maneira seletiva, alguns emissores, porém reforçam que seguem com cautela, e que acreditam que o portfólio está bem-posicionado e apresenta um carrego atrativo (aproximadamente 17,5 % a.a. em BRL e 7,8 % em USD) além de duration inferior a dois anos e rating médio BB-.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +7,70% no ano, enquanto o benchmark subiu +2,81% de retorno e o objetivo de retorno subiu +7,43%. Em 36 meses, a Classe acumula 45,49% de retorno, abaixo do objetivo de retorno que sobe +50,84% e o benchmark +11,18, apenas.
*Os comentários do fundo Man não foram encaminhados até a data de confecção desse material. Quando estiver disponível, encaminharemos os comentários com a informação.
Renda Variável Local: +1,40%
Em jun/2025, a Classe Renda Variável Local teve um retorno de +1,40%, ficando acima do benchmark (IBOV), que subiu apenas +1,33% no período.
O ano de 2025 tem sido positivo para bolsa brasileira, com exceção ao mês de fevereiro que foi o único com performance negativa (-2,64%). De qualquer forma, a entrada de capitais estrangeiros tem sido de grande apoio para a performance do IBOV em 2025 que acumula alta de 15,44%, enquanto a Classe entregou rentabilidade de 15,15% no ano. Vale reforçar que a alocação é apenas Gestão Passiva, ou seja, busca ter desempenho em linha com o Ibovespa. Em 36 meses, a carteira acumula uma alta de 41,70% e o IBOV +40,91%.
Renda Fixa Global: -3,44%
No início de junho/25, com as Eleições dos Participantes, os Perfis CD 15, 30 e 50 realizam suas primeiras alocações nos fundos Man USD em BRL (-3,33%) e Oaktree USD (-3,49%) que representam a Classe Renda Fixa Global que caiu -3,44% em comparação com o seu benchmark (Bloomberg Global Aggregate (BRL)) que caiu -4,09%.
Os comentários dos fundos da Classe são os mesmos apresentados na Classe Renda Fixa Global com Hedge, a diferença de Renda Fixa Global para a Renda Fixa Global com Hedge consiste na exposição cambial, ou seja, enquanto os fundos da Classe com Hedge não possuem exposição cambial, essa Classe pode sofrer com a variação do dólar. No mês de junho, o dólar teve uma queda de -4,96% em relação ao real.
Renda Variável Global: +0,08%
Juntamente com a alocação na Classe Renda Fixa Global, os Perfis CD 15, 30 e 50 também realizaram sua primeira compra do BDR de ETF de S&P 500 (BIVB39). Esse por sua vez busca replicar o S&P 500 que é um índice que reflete o desempenho das 500 maiores empresas negociadas em bolsa nos Estados Unidos.
No mês de junho, a Classe ficou praticamente no zero a zero com performance de +0,08%, o S&P 500 teve retorno de +5,09% em dólar, porém, com o impacto do dólar (-4,96%), sua performance, em reais, apresentou uma queda de -0,17%.
Plano BD
BD Consolidada: +0,60%
Em jun/2025, o Plano BD teve um retorno de +0,60%, em linha com a prévia do IPCA + 5,14% a.a. subiu +0,59% no período. No mês, como o Perfil Curto Prazo, o Plano BD realizou o resgate total do fundo Pimco Income e realocou essa parcela em dois novos fundos: Man BRL que subiu +1,63% e no Oaktree BRL que teve alta de +1,74%.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +5,70% no ano, acima da prévia do IPCA + 5,14% a.a. que subiu +5,47%. Em 36 meses, o Plano acumula um retorno de +35,18% e prévia do IPCA + 5,14% a.a. acumula +31,46% de retorno.