Comentário Mensal - RUMOS

Outubro/2025

Internacional

O mês de outubro foi marcado por maior volatilidade nos mercados globais, à medida que investidores continuam avaliando o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos e os desdobramentos do recente início do ciclo de cortes do Federal Reserve. Com a inflação de bens ainda pressionada, o foco permaneceu no ritmo de repasse das tarifas e no quanto esse processo poderá limitar o espaço para cortes adicionais de juros nos próximos meses.

O ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro trouxe algum alívio aos ativos de risco, mas os indicadores de atividade continuam mostrando desaceleração moderada. A criação de empregos nos EUA seguiu perdendo força, reforçando o entendimento de que o mercado de trabalho já não apresenta os mesmos sinais de superaquecimento observados no início do ano.

A política fiscal segue como fator relevante: o pacote aprovado pelo Congresso para 2026, centrado em reduções de impostos, continua sendo monitorado por seus possíveis efeitos sobre crescimento e inflação. Para os mercados emergentes, o ambiente continuou misto, com momentos de melhora no apetite ao risco alternando com períodos de maior aversão por conta da reorganização das cadeias globais de comércio.

Brasil

A economia brasileira continuou sinalizando perda de dinamismo ao longo de outubro. Os indicadores de atividade de curto prazo apontam desaceleração gradual do consumo e da produção, em linha com um mercado de trabalho que já mostra sinais de acomodação. A confiança de empresários e consumidores permaneceu relativamente estável, porém em níveis mais moderados do que no início do ano.

A inflação de serviços segue como principal ponto de atenção. Apesar de algum arrefecimento em itens ligados à reabertura e à mobilidade, o núcleo ainda se mantém acima do desejado, sustentado por salários resilientes. A expectativa é de suavização desse componente ao longo de 2026, mas o ritmo dependerá diretamente da atividade econômica nos próximos trimestres.

O Banco Central continua reforçando que a Selic deve permanecer estável até que haja evidências mais claras de convergência da inflação para a meta. O mercado mantém a perspectiva de início dos cortes apenas no primeiro trimestre de 2026, possivelmente em março, compatível com os modelos internos da autoridade monetária.

No campo político, os debates em torno da reforma do Imposto de Renda ganharam tração no Congresso, mas ainda sem consenso sobre a versão final. A relação com os Estados Unidos permaneceu sensível, com possíveis desdobramentos comerciais sendo monitorados de perto pelos setores mais expostos às exportações.

 

Classes de Ativo do Plano CD

Renda Fixa Curto Prazo: +1,27%

É esperado que a Classe Renda Fixa Curto Prazo tenha um desempenho próximo ao CDI, que por sua vez acompanha a Taxa Selic, que está em patamares bem elevados (15,00%), em função do cenário desafiador de inflação e a dificuldade de um ajuste fiscal crível. Dessa forma, o COPOM (Comitê de Política Monetária), tem subido os juros, mas se aproxima do final do ciclo de aperto monetário.

Em out/2025, a Classe Renda Fixa Curto Prazo teve um retorno de +1,27% em linha com o CDI que subiu +1,28% no período. A diferença de desempenho em relação ao CDI no período, foi em razão dos custos do fundo.

No ano, a carteira entregou rentabilidade de +11,69% no ano, enquanto o benchmark subiu +11,76%. Em 12 meses, a carteira subiu +13,57% e o CDI +13,69%.

Renda Fixa Juro Real: +1,13%

Em out/2025, a Classe Renda Fixa Juro Real teve um retorno de 1,13%, ficando acima do benchmark (IMA-B 5+), que subiu 1,06% no período. A duration da Classe é de 7,43, abaixo do IMA-B 5+ com 9,78. A performance positiva é explicada pelo movimento de fechamento das taxas das NTN-Bs, principalmente por conta do encerramento do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.

No ano, a carteira entregou rentabilidade de +11,56% no ano, enquanto o benchmark subiu +11,30%. Em 36 meses, a carteira acumula 24,58% de retorno, acima do IMA-B 5+ com 18,45% de retorno acumulado.

Renda Fixa Global com Hedge: +0,97%

Em out/2025, a Classe Renda Fixa Global com Hedge teve um retorno de +0,97%, ficando acima do benchmark (Bloomberg Global Aggregate USD) que subiu +0,79% no período e abaixo do objetivo de retorno (CDI + 2% a.a) que subiu +1,46%.

A Classe aloca no fundo MAN que subiu +1,05% e na Oaktree subiu +0,94% em outubro. O Oaktree pontua que no último comitê de investimento não realizaram mudanças nas alocações alvo da estratégia, que permanece amplamente diversificada em ativos e geografias, mantendo caixa para oportunidades. Em dívida emergente, o portfólio preserva yields interessantes, mas a gestão atua com cautela. Em relação ao desempenho do mês, o segmento de HY teve sólida performance, sustentado pela queda nos yields de títulos públicos dos EUA.

No ano, a carteira entregou rentabilidade de +13,98% no ano, acima do benchmark subiu apenas +4,87% de retorno e o objetivo de retorno subiu +13,63%. Em 36 meses, a Classe acumula +50,53% de retorno, abaixo do objetivo de retorno que sobe +51,85% e o benchmark +17,73%, apenas.

Renda Variável Local: +2,29%

Em out/2025, a Classe Renda Variável Local teve um retorno de +2,29%, ficando acima do benchmark (IBOV), que subiu +2,26% no período. Vale reforçar que a alocação é apenas Gestão Passiva, ou seja, busca ter desempenho em linha com o Ibovespa.

No ano, a carteira entregou rentabilidade de +23,38% no ano, enquanto o IBOV subiu +24,32%. Em 36 meses, a carteira acumula uma alta de +28,86% e o IBOV +28,87%.

Renda Fixa Global: +1,29%

A Classe Renda Fixa Global subiu +1,29%%, abaixo do seu benchmark (Bloomberg Global Aggregate (BRL)) que subiu +1,88%. Em outubro, o fundo da MAN subiu apenas +1,41% em reais e o fundo da Oaktree subiu +1,23%, a performance desses fundos foi impulsionada em reais devido à valorização do dólar que subiu +1,08%.

Nota: Os comentários dos fundos da Classe são os mesmos apresentados na Classe Renda Fixa Global com Hedge, a diferença de Renda Fixa Global para a Renda Fixa Global com Hedge consiste na exposição cambial, ou seja, enquanto os fundos da Classe com Hedge não possuem exposição cambial, essa Classe pode sofrer com a variação do dólar.

Renda Variável Global: +4,00%

Essa Classe aloca exclusivamente no BDR de ETF de S&P 500 (BIVB39), que, por sua vez, busca replicar o S&P 500 que é um índice que reflete o desempenho das 500 maiores empresas negociadas em bolsa nos Estados Unidos.

No mês, a Classe subiu +4,00%, levemente acima do S&P 500, que teve retorno de +3,45%.

 

Plano BD

BD Consolidada: +0,77%

Em out/2025, o Plano BD teve um retorno de +0,77%, enquanto a prévia do IPCA + 5,14% a.a. subiu apenas +0,61% no período.

No ano, a carteira entregou rentabilidade de +8,65% no ano, acima da prévia do IPCA + 5,14% a.a. que subiu apenas +8,25%. Em 36 meses, o Plano acumula um retorno de 37,57% e prévia do IPCA + 5,14% a.a. acumula +33,65% de retorno.

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