Internacional
No ambiente global, a incerteza em torno das tarifas comerciais diminuiu após o governo Trump sinalizar que os novos aumentos nas taxas de importação ficarão próximos de 15%, bem abaixo da expectativa inicial de abril, que previa elevações de até 30%. Essa decisão reduz o risco de uma recessão imediata, embora ainda represente um fator negativo para o crescimento mundial.
O impacto sobre os preços já começa a ser percebido: a inflação de bens tem mostrado aceleração nos últimos meses, devendo levar o núcleo do PCE de 2,9% para algo próximo de 3,2% até o final do ano. Paralelamente, o Congresso norte-americano aprovou um pacote fiscal equivalente a 1% do PIB, voltado a cortes de impostos para empresas e famílias, com efeitos previstos a partir do último trimestre de 2025.
O mercado de trabalho nos EUA começa a refletir os primeiros impactos das tarifas, com aumento moderado do desemprego e ritmo mais lento na geração de vagas. Nesse cenário, o Federal Reserve deve iniciar um ciclo gradual de redução dos juros já em setembro, buscando sustentar a atividade sem elevar as pressões inflacionárias.
Brasil
A economia doméstica apresentou sinais de desaceleração nos dados de junho. Alguns indicadores preliminares de julho e agosto apontaram leve recuperação, atribuída principalmente ao pagamento de precatórios pelo governo federal no mês de julho, efeito que tende a ser temporário sobre a atividade.
O mercado de trabalho segue aquecido, mantendo a inflação de serviços em patamar elevado. A expectativa é de que esse componente desacelere gradualmente, saindo de 6,2% atualmente para algo próximo a 5,5% nos próximos trimestres. O Banco Central deve iniciar o ciclo de cortes de juros apenas no começo de 2026, quando os modelos internos indicarem convergência da inflação para a meta.
No campo político, o julgamento do ex-presidente Bolsonaro no STF tende a aumentar as tensões internas e pode levar a uma deterioração nas relações com os EUA, incluindo risco de novas retaliações comerciais. Ao mesmo tempo, o governo tenta avançar com pautas relevantes no Congresso, como a reforma do Imposto de Renda, que deve ser um dos principais temas do segundo semestre.
Classes de Ativo do Plano CD
Renda Fixa Curto Prazo: +1,15%
É esperado que a Classe Renda Fixa Curto Prazo tenha um desempenho próximo ao CDI, que por sua vez acompanha a Taxa Selic e que está em patamares bem elevados em função do cenário desafiador de inflação e a dificuldade de um ajuste fiscal crível. O COPOM (Comitê de Política Monetária) já declarou o final do ciclo de aperto monetário e que a taxa deve permanecer nesse patamar por período prolongado, até a inflação convergir para a meta. Em ago/25, a Classe Renda Fixa Curto Prazo teve um retorno de +1,15% em linha com o benchmark (CDI) que subiu +1,15%.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +8,97% no ano, levemente abaixo do CDI que subiu +9,02%. Em 12 meses, a carteira subiu +12,81% e o CDI subiu +12,91%.
Renda Fixa Juro Real: +0,74%
Em ago/25, a Classe Renda Fixa Juro Real teve um retorno de +0,74%, ficando abaixo do benchmark (IMA-B 5+), que subiu 0,77% no período. A duration da Classe é de 7,63, abaixo do IMA-B 5+ com 9,96. A performance positiva é explicada pelo movimento de fechamento das taxas das NTN-Bs.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +9,76% no ano, acima do benchmark subiu +9,65%. Em 36 meses, a carteira acumula +25,85% de retorno, acima do IMAB-B 5+ com +20,58% de retorno acumulado.
Renda Fixa Global com Hedge: +1,65%
Em ago/25, a Classe Renda Fixa Global com Hedge teve um retorno de +1,65%, ficando acima do benchmark (Bloomberg Global Aggregate USD) que subiu +0,55% no período e do objetivo de retorno (CDI + 2% a.a) que subiu +1,33%. No período, o fundo Man subiu +1,57% e o Oaktree +1,69%.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +11,37% no ano, enquanto o benchmark subiu apenas +3,29% de retorno e o objetivo de retorno subiu +10,45%. Em 36 meses, a Classe acumula +44,06% de retorno, abaixo do objetivo de retorno que sobe +51,37%, mas acima do benchmark que subiu apenas +11,37%.
*No momento da elaboração desse texto os gestores Man e Oaktree ainda não encaminharam os comentários referente a performance do mês de agosto/25.
Renda Variável Local: +6,64%
Em ago/25, a Classe Renda Variável Local teve um retorno de +6,64%, ficando acima do benchmark (IBOV), que subiu apenas 6,28% no período. No mês passado, a bolsa brasileira atingiu os 141.422 pontos e apresentou a melhor performance do ano, conseguindo reverter a queda do mês anterior.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +17,45% no ano, enquanto o IBOV subiu +17,57%. Em 36 meses, a carteira acumula uma alta de 26,74% e o IBOV +25,91%.
Renda Fixa Global: -2,08%
A Classe Renda Fixa Global caiu -2,08%, acima do seu benchmark (Bloomberg Global Aggregate (USDBRL)) que caiu -2,61%.
Em ago/25, os fundos apresentaram performance positiva em dólar (MAN subiu +1,08% e Oaktree +0,98%), mas com a desvalorização do dólar frente ao real de -3,14%, os fundos apresentaram performance negativa em reais.
Desde a implementação da Classe em jun/2025, ela apresentou uma queda de -1,50%, acima do benchmark (Bloomberg Global Aggregate (USDBRL)) que caiu -3,07% no período.
Nota: Os comentários dos fundos da Classe são os mesmos apresentados na Classe Renda Fixa Global com Hedge, a diferença de Renda Fixa Global para a Renda Fixa Global com Hedge consiste na exposição cambial, ou seja, enquanto os fundos da Classe com Hedge não possuem exposição cambial, essa Classe pode sofrer com a variação do dólar.
Renda Variável Global: -0,15%
Essa Classe aloca exclusivamente no BDR de ETF de S&P 500 (BIVB39), que, por sua vez, busca replicar o S&P 500 que é um índice que reflete o desempenho das 500 maiores empresas negociadas em bolsa nos Estados Unidos.
No mês de agosto, a Classe caiu -0,15%, levemente acima do S&P 500, que teve retorno de -1,17%. A performance negativa da Classe é devido à desvalorização do dólar. No mês, o índice S&P500 subiu +2,03% em dólar.
Desde a implementação dessa Classe em jun/25, ela subiu +5,05%.
Plano BD
BD Consolidada: +0,47%
Em ago/25, o Plano BD teve um retorno de +0,47%, enquanto a prévia do IPCA + 5,14% a.a. subiu apenas +0,29% no período. Tanto a parcela de NTN-Bs, marcadas na curva, quanto as alocações da Classe Renda Fixa Global com Hedge tiveram impacto positivo no mês.
No ano, a carteira entregou rentabilidade de +7,09% no ano, acima da prévia do IPCA + 5,14% a.a. que subiu apenas +6,59%. Em 36 meses, o Plano acumula um retorno de +36,24% e prévia do IPCA + 5,14% a.a. acumula +33,09% de retorno.